O “Grego” na Igreja

O depoimento de Jorge Atherino, o Grego, aos investigadores do Ministério Público do Paraná, revelado pela Veja, chama a atenção por dois detalhes:
1) A conversa sobre os pagamentos mensais com Maurício Fanini, o delator com informações mais detalhadas ( e comprometedoras) da Operação Quadro Negro foi dentro de uma igreja.
Ora, uma conversa dessa natureza dentro de um ambiente sagrado só pode ter como objetivo obter de Deus todo Poderoso uma compensação pelos malfeitos com recursos públicos. Se Deus concorda ou não é outra coisa.
2) A razão apresentada por “Grego” para dar a Fanini R$ 4 ou R$ 5 mil reais por mês, por no mínimo 6 meses (o receptor disse que recebeu R$ 12 mil), é insustentável: ficou com pena do amigo que passava dificuldades. Alguém aí já teve coragem de pedir para um amigo que lhe sustente a família por 6 meses ? E encontrou um amigo que topasse a parada?
As razões para Jorge Atherino ser tão magnânimo são muito mais complexas. E temos o fato, já investigado pelo Ministério Público, que foram desviados mais de R$20 milhões de recursos de escolas públicas do Paraná para a campanha eleitoral. Tudo aconteceu no Governo Beto Richa.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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