Fake news: o inquérito do STF pode chegar até a campanha eleitoral de Jair Bolsonaro

Complicações muito sérias podem às vezes surgir de modo inesperado. Os bolsonaristas aprontaram bastante durante a campanha eleitoral, com mentiras e ataques desonestos aos adversários, abusando do uso de notícias falsas e manipulações absolutamente imorais e até criminosas, tomando gosto depois pela coisa.

Tanto é que após a eleição de Jair Bolsonaro não conseguiram parar com o emporcalhamento das redes sociais e o uso da comunicação como meio de pressão contra quem não atendesse aos interesses do bolsonarismo. Foi neste embalo que chegaram aos ataques contra ministros do STF.

Pois este exagerado método de tentar obter tudo por meio de pressão teve um efeito reverso, levando a um inquérito que pode mergulhar na movimentação da onda que levou Bolsonaro ao poder, um impulso que sabe-se que exigiu águas muito sujas, mas que até agora não era possível investigar.

Pois no inquérito do STF que investiga as fake news, o ministro Alexandre de Moraes determinou a quebra de sigilos bancário e fiscal de Luciano Hang, o empresário bolsonarista dono das Lojas Havan.

A mesma medida será aplicada a Edgard Corona, dono da maior rede de academias de ginástica da América do Sul, a Smart Fit, além de Reynaldo Bianchi Junior e Winston Rodrigues Lima.

A quebra de sigilos bancário e fiscal vale para o período de julho de 2018 a abril deste ano, que acaba pegando parte fundamental da campanha eleitoral de Jair Bolsonaro à Presidência. É provável que a investigação avance por onde não se esperava, alcançando resultados muito além do objetivo do inquérito.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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