A opinião pública está funcionando: o prefeito João Dória tirou do cardápio dos pobres a farinata, o alimento feito de produtos vencidos; a portaria infame sobre o trabalho escravo está sob exame no Supremo e no Senado; as exposições consideradas impróprias, também sob exame. Como não é de ferro, a opinião pública não vê nada de mal no governo Michel Temer alugar deputados e Lula continuar lá em cima nas pesquisas.

Michel Temer exonera oito ministros. Não é faxina no ministério. Eles voltam para a câmara, pois são deputados, para matar a denúncia contra o presidente. Depois disso, missão cumprida, retornam ao ministério. Tudo muito normal, tudo muito brasileiro, tudo muito imoral.

Quem achava que Raquel Dodge iria afrouxar, perdeu. Ela já declarou Geddel Vieira Lima chefe de quadrilha. Faltou dar os nomes dos cúmplices, o restante da quadrilha. A gente sabe quem são, uns poucos estão presos, outros muitos estão soltos, muito soltos, planando no Planalto. Mas o povo que vota neles não sabe.

Quarenta e seis telefonemas entre Aécio Neves e o relator de quatro processos contra ele no Supremo, o ministro Gilmar Mendes. Claro que o ministro é puro como vestal romana. Mas desde Roma juízes não trocam confidências com os réus que vão julgar. Foi Gilmar, foi Brasília, foi o Brasil que minou a solenidade da Justiça? Tudo isso, junto e separadamente.

Cientistas do Japão e EUA descobrem cavernas imensas na Lua e indicam a solução para a colonização pelos terráqueos. Boa ideia para quando aqui na Terra voltarmos à idade das cavernas. Quem não couber nas daqui, se puder hospeda-se nas de lá.

Nicolás Maduro condena a intervenção do governo espanhol na independência da Catalunha. Ao mesmo tempo ameaça destituir os governadores venezuelanos que não aceitarem a vitória de seu partido nas recentes eleições. Me cago em ti, Maduro.

Tasso Jereissati, presidente em exercício do PSDB, tenta convencer FHC e Geraldo Alckmin a que convençam o presidente afastado, Aécio Neves, a se licenciar da função. Para quê? Eles já não licenciaram Aécio para continuar aprontando no mandato de senador? Se tivessem um pingo de vergonha os três deixariam o partido. Como político não tem vergonha… Rogério Distéfano

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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