O nada é tudo

A censura ao site Antagonista e sua revista, determinada pelo ministro Alexandre Moraes em favor do colega Dias Toffoli, é briga de cachorro grande. O site e sua revista são o biombo. Atrás dele o tiroteio entre o ministro Gilmar Mendes e os procuradores da Lava Jato.

O depoimento – vazado – de Marcelo Odebrecht (“o amigo do amigo de meu pai”) é apenas uma bala achada contra a outra bala, a dos xingamentos à inteligência dos procuradores por Mendes. A briga de egos tenta se transformar na relevante e decisiva questão institucional da censura.

Isso acontecerá se o ministro Édson Fachin, relator do imbróglio no Supremo, conduzir a casa a firmar mais uma daquelas decisões de estreita maioria e precária estabilidade surgidas no domínio movediço da Lava Jato. Pode dar em nada, como sempre. No século de Lula o nada é tudo.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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