O silêncio barulhento de Bolsonaro

Tudo conspira contra ele

Os políticos mais relevantes deste país, provocados ou espontaneamente, comentaram o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL), e naturalmente o condenaram. Menos um – o deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ), candidato a presidente da República e o segundo colocado em todas as pesquisas de intenção de voto divulgadas até aqui.

Seus devotos justificaram o silêncio com a desculpa de que a mídia costuma deturpar tudo o que Bolsonaro diz. Procurado, ele limitou-se a dizer que nada tinha a declarar. Bolsonaro foi contra a intervenção federal no Rio. Só tem a perder se ela der certo. Marielle era a síntese perfeita de tudo o que ele combate – mulher, negra, defensora dos gays, ativista política. Daí o seu silêncio.

Ricardo Noblat

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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