O Vampiro de Dusseldorf chegou!

# O deputado Felipe Francisquini entrou na lista negra de Jair Bolsonaro. Eleito pelo PSL, como presidente da CCJ, o deputado melou a votação de matéria de interesse do governo. Bolsonaro podia pelo menos esperar o deputado atingir a puberdade.

# Deputados do partido de Jair Bolsonaro gravaram a conversa em que o presidente os orientava a por o filho Eduardo no lugar do líder da bancada. Um perigo. Não a atitude estranha em relação ao legislativo. Estranha porque a mão que grava é a mesma que esfaqueia, aconteceu.

# O tiro saiu pela culatra, para usar frase ao gosto e compreensão da primeira família: Eduardo Bolsonaro não derrubou Delegado Waldir da liderança do PSL na Câmara. Nesse ritmo o filho dipromata (assim mesmo) vira embaixador no Paraguai.

# Renato Gaúcho, técnico do Grêmio, diz que o futebol brasileiro está acabando. Se acabar, podemos curtir o futebol inglês, onde os técnicos podem errar por duas temporadas seguidas, não por cinco jogos, como no Brasil.

# Em preparo o movimento para convencer o eleitor do Paraná a conceder licenças de dez anos ao governador e aos deputados que acabaram com a licença prêmio dos funcionários. Não seriam eleitos e ficariam os dez anos fazendo capacitação, tipo essa que atocharam nos funcionários.

# Ninguém pode negar que a deputada Joice Hasselmann é peituda – no bom e no melhor sentido. Foi destituída da liderança do governo no Congresso. Os Bolsonaros não toleram sua justa pretensão de ser prefeita de S Paulo, onde teve maciça votação. Como para isso a deputada ensaiou aproximação do governador João Dória, Joice feriu o sensível prurido de lealdade do clã Bolsonaro. Joice pagou por uma “ejaculação precoce” com João Dória, que lançou sua candidatura ao Planalto também no ritmo apressado da “ejaculação precoce”, como expressou o presidente da república em sua habitual e elevada linguagem.

# “Vou implodir esse vagabundo” – promessa de vingança do deputado Delegado Waldir ao presidente Bolsonaro em represália à tentativa deste (até o momento frustrada) de destitui-lo da liderança do PSL, partido dos dois. Do jeito que Bolsonaro governa, Ciro Gomes o derrota montado num jegue.

# Durou pouco a valentia do Delegado. Coisa esquisita a ameaça, pois delegado só ameaça pé de chinelo, bandidinho merreca. O deputado Waldir no dia seguinte arrepiou. Disse que o que disse tinha que ser desdito. Aquilo de “detonar o vagabundo” era coisa de momento, igual à mulher que leva uns tapas e depois volta ao aconchego do amor. Assim o Delegado Waldir revela quem é o vagabundo: ele, que levou tapas do presidente, fez ameaça e agora quer voltar ao aconchego. Pelo jeito o Delegado Waldir nunca dormiu com Jair Bolsonaro: ali não tem volta nem aconchego.

# Donald Trump é mesmo uma anta. Em entrevista coletiva com a presença do presidente da Itália, chamou Sandro Mattarella de Sandro Mozzarella. Mal menor, podia chamá-lo de Mortadela. Quase derrubou a tradutora italiana ao dizer que os EUA têm ligação histórica de 2 mil anos com Roma. Só se o cavalo de Calígula, feito senador do império, seja antepassado remoto do presidente americano.

# O general Villas Boas, ex-comandante do exército e hoje assessor no Planalto, adverte o STF do risco de “convulsão social “ caso seja derrubada a prisão em segunda instância. Essa convulsão é coisa de milico, jargão de pseudociência da Escola Superior de Guerra. Na Ponta Grossa em que paquerei uma tia de Joice Hasselmann a gente só conhece a “convulsão de bichas”. Que ao contrário do que você está maliciando acontece quando as lombrigas provocam um piripaque e o sujeito fica vesgo.

# Custa uma grana preta viajar de avião. Viagem longa e dependendo da classe é só mimo e mordomias. Tem de tudo para o conforto, da poltrona até a privada, ar condicionado bacana. Mas tem uma coisa que as companhias nem tentam resolver, que é o cheiro de peido. Parece que fazem de propósito, com as comidas que turbinam a digestão.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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