Padrelladas

Agora virou moda no cinema americano. Por qualquer dá cá aquela palha (ditado do tempo do meu avô, nem sei o que significa), alguém vomita na cara da gente. Estou jantando minha frugalidade, ligo no Netflix, e blááá, alguém vomita. Antigamente era o cigarro. Os estúdios ganhavam grana dos produtores de cigarros para fazer os artistas fumarem nos filmes. Tinha artista que também ganhava algum pra dar sua pitada. Mas Rita Hayworth, dizem, odiava cigarros.

O contrato, no entanto, exigia que ela fumasse. Para quem assistiu Gilda deve ter se surpreendido com a loura acendendo o giz, botando na boca e já pinchando no lixo. O contrato não estipulava quanto do cigarro deveria ser consumido em cena. Nunca houve uma mulher como Rita. Quanto a vomitação da era moderna do cinema yankee ainda não entendi o sentido.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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