Padrelladas

Na manhã de hoje vejo a Globo toda feliz, contando que Viena teve a grande ideia de perfumar o metrô para que os passageiros não precisarem respirar o cheiro de bode que emana de sovacos austríacos e estrangeiros. E que a novidade seria aplicada também nos metrôs alhures, como os de Paris, cujos parisienses – reza a lenda – concorrem ao Troféu Sovaco de Bode. Pois Viena que guarde seu cavaquinho, e a Globo que pare com essas fake news.

Numa viagem que fiz de ônibus de Atenas a Istambul – ônibus lotado de turcos, desde nenê até provectos, seja lá o que isso signifique – .TODOS fumavam. Era inverno, lá fora havia um horizonte branco. Por isso, o ônibus seguia com as janelas todas cerradas. A espaços, o motorista parava a condução e espargia um perfume nauseabundo sobre todos os passageiros, e a viagem seguia com todos fumando novamente. De modo que não foi Viena que inventou a perfumação dos coletivos. Viu, Globo? Foram os turcos.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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