Onde começa a crise

A sessão antecipou a disputa pela sucessão de Lira.

Foi a votação que analisou a prisão do deputado Chiquinho Brazão que fez o clima entre o governo e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), esquentar, na avaliação do Palácio do Planalto. Não propriamente pelo resultado, que confirmou a manutenção da detenção do parlamentar, mas pela antecipação da disputa pelo comando da casa.

Lira, como mostrou o Bastidor, e o seu candidato favorito para sucedê-lo, Elmar Nascimento (União Brasil-BA), planejaram usar a sessão sobre Brazão para demonstrar que contam com o apoio do Centrão raiz. A votação seria uma resposta à articulação política governista, que trabalha com nomes alternativos, como Marcos Pereira (Republicanos), hoje o mais provável, e Antônio Brito (PSD-BA), que corre por fora.

Um ministro de Lula disse ao Bastidor que Lira percebeu, ali, que começou a perder poder e que o governo pode, sim, influenciar de forma efetiva na eleição que definirá o presidente da Câmara, em 2025. O que veio depois foi consequência.

Primeiro, com as críticas ao ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais). Depois, com a confirmação da demissão do primo de Lira, Wilson Cesar de Lira Santos, do comando do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) em Alagoas. Na terça-feira (16), em reunião de líderes, o presidente da Câmara deu garantias de que pautará demandas da oposição.

O governo avalia que a eleição começou e que Lira usará a sessão que analisará os vetos de Lula para mostrar que é ele ainda que dá as cartas. O Palácio do Planalto não assistirá passivamente. 

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Mural da História|Café do Teatro

Em algum lugar do passado. © Maringas Maciel

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Mural da História

Fábio Campana (Zapata), El Bigodón, com Arino Buchmann, em algum lugar do passado.

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Lula fala sobre a mãe, não sobre o filho

A reação dos lulistas ao caso de violência doméstica que envolve um dos filhos do presidente põe em xeque seu discurso de defesa das mulheres e passa uma mensagem clara de intimidação

Os filhos de Lula (foto) não são notícia, ou não deveriam ser. Viraram, durante suas presidências, porque se envolveram em suspeitas de corrupção. E também agora, que Luís Cláudio Lula da Silva foi acusado pela ex-mulher de agressões físicas e psicológicas. O presidente da República não teria nada a ver com isso, em princípio. Não tem responsabilidade, nem controle, sobre os atos do filho. Mas a pauta dos direitos das mulheres é base do discurso de Lula e de seus aliados, e esse discurso vem sofrendo um duro desgaste desde que o caso veio à tona.

O presidente tocou no assunto lateralmente na sexta-feira, 12, repetindo um discurso que se acostumou a fazer no contexto do programa Minha Casa, Minha Vida — que entrega as chaves das casas às mulheres —, mas que ganha contornos de constrangimento no contexto atual.

“Uma mulher que pode trabalhar e levar para casa, às vezes levar mais do que o marido, ela ganha respeito e ela vai dizer para o marido: ‘Eu estou com você porque eu gosto de você, porque você me respeita. Se você levantar [a mão] para mim, eu largo você e vou cuidar da minha família, porque mulher não foi feita para apanhar”, discursou o presidente ao lançar um campus de Instituto Federal de Brasília em Ceilândia (DF).
A mãe

Lula seguiu: “A minha mãe era analfabeta, ela não sabia fazer um ‘o’ com o copo, mas ela dizia para mim: ‘Meu filho, se um dia você casar, e você tiver problema com a sua mulher, nunca levante a mão para sua mulher. Se vocês não estiverem vivendo bem, saia de casa, deixe a mulher cuidar da casa e vá procurar o que fazer, mas nunca levante a mão para bater numa mulher. Eu acho que é isso que nós, homens, temos que aprender”.

Diante da história contada pelo presidente, apresenta-se a questão: o que Lula, que não é analfabeto, dizia para Luís Cláudio?

“Layout“

O Estadão revelou no sábado, 13, que a médica Natália Schincariol, que denunciou o filho mais novo do petista por agressões, voltou a ser afastada do trabalho. O motivo teria sido uma crise de ansiedade — o laudo do psiquiatra menciona “sintomas depressivos” associados a “conflitos conjugais” — desencadeada após Luís Cláudio compartilhar um vídeo em que sua ex-mulher é desqualificada por tê-lo denunciado.

“Obrigada pelas sábias palavras”, escreveu o filho de Lula no Instagram ao compartilhar os comentários de Hildegard Angel. “Ele me pareceu mais convincente do que ela”, diz a comentarista na live, violando a primeira regra não escrita do discurso de defesa de mulheres vítimas de violência, e repassando um recado de intimidação que vem sendo dado pelos lulistas desde que a história veio à tona (e sempre que algum dos seus é pego em contradição com o próprio discurso): não mexa com a esquerda.

“Até pelo layout dela. Ela já me pareceu ser uma dessas personalidades midiáticas“, segue Hildegard, para os sorrisos dos colegas de live. “Não é convidativo, não inspira grande confiança, entendeu?”, ela continua, incentivada pelos pares.

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Jeremias

© Ziraldo (1932|2024)

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Orlando Pedroso, d’aprés Ziraldo (1932|2024).

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2024 – 80 anos

quando eu tiver oitenta anos
então vai acabar esta minha adolescência

vou largar da vida louca
e terminar minha livre docência

vou fazer o que meu pai quer
começar a vida com passo perfeito

vou fazer o que minha mãe deseja
aproveitar as oportunidades
de virar um pilar da sociedade
e terminar meu curso de direito

então ver tudo em sã consciência
quando acabar esta adolescência

Paulo Leminski – 1944|1989

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Mural da História – 2014

yoani-sanchezYoani Sánches

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O chocolate mas não morde

Neri da Rosa, avec elegance. Foto de quem estava lá.

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Stephanie Hart. © IShotmyself

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Blogorgasmos

As mulheres, só elas, quando malhadoras, têm um negócio chamado coreorgasmo quando agitam e contorcem em flexões do core, abdome, com ou sem aparelhos de ginástica, vibradores ou não, dentro e fora das academias. Homens também, mas nunca na academia, pois lhes falta o conseguinte e a pachorra de se esfregar nos pesos, ainda que vibratórios, porque o core masculino nem de longe atinge com eles sua zona mais erógena. Os homens podem alcançar orgasmos em qualquer outra atividade, no sexo hetero, homo, poli, metro ou de outro de tantos prefixos. Os homens, estrito senso, ou de outro senso, podem atingir o orgasmo na excitação pelo trabalho, qualquer trabalho.

O editor do Insulto tem blogorgasmos múltiplos ao desancar políticos, de quaisquer filiações, sexuais ou partidárias, pois deles não tolera a hipocrisia e a dissimulação. Abrimos exceção nos blogorgasmos ao poupar mulheres como Joyce Hasselmann, Gleise Hoffmann, Carla Zambelli, Micheque, no espectro pluralista que alcança Marina Silva, sonho não realizado de consumo do ex-deputado petista de Londrina. Essas mulheres merecem indulgência plenária porque, ainda que com os mesmos cacoetes, cativam pelo recôndito e eterno feminino, que oblitera a repulsa visceral provocada pelos homens da política. Nelas a atração sensual fala mais forte que a dissimulação e a hipocrisia de seu ambiente.

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Oswaldo Miran nunca viveu (como todo mundo) no Rio nem em São Paulo, mas é um dos artistas gráficos mais importantes deste país. Além disso, ele é um desenhista de humor e cartunista do maior talento, talvez o mais sofisticado que nós temos.

Ziraldo Alves Pinto (1932|2024)

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Jimi Hendrix 12 String Blues

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Portfólio

Direção de arte e capa: Paulo Sandrini; Ilustração: Solda; ilustrações internas: arquivo pessoal Solda; diagramação: Luciano Popadiuk, revisão de João Arthur Pugsley Grahl e Marcio Renato dos Santos. Travessa dos Editores, 2004. Quem procurar, acha.

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