Sombra do fascismo

No dia 7 de setembro, Bolsonaro falou aos brasileiros: Deus, miscigenação e sombra do comunismo. Tudo nos conformes, como ele mandou seu assessor escrever.

Mas miscigenação, a troco de quê? É que Bolsonaro, que odeia índios e quilombolas, sonha com a miscigenação: eles se misturam aos brancos e desaparecem, ficam brancos como os bolsonaros.

A sombra do comunismo, a tragédia fictícia, a cuca que o presidente anuncia, fascina seus eleitores. Ela é ignorada pelos políticos, que só pensam no peculato maior ou menor,seja qual for o regime.

Essa sombra capta simpatia e apoio dos militares para a ditadura que Bolsonaro sonha instalar. Por sombra do comunismo, entenda sombra do fascismo, a nuvem que sobrepaira o Brasil de Bolsonaro.

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A obrigação de se vacinar

O governo deve promover a política de saúde e imunização coletiva por meio da vacinação do povo. Reza a Constituição que a saúde é um direito social.

Há a obrigatoriedade da vacinação, e ninguém pode se negar a se vacinar.

A lei 13.797 de 6 de fevereiro de 2020, prevê que pode ser determinada de forma compulsória o isolamento, a quarentena; e a realização de exames médicos, testes laboratoriais, coleta de amostras clínicas, vacinação e outras medidas profiláticas ou tratamentos médicos específicos

O Código Penal prevê no seu art. 268 que quem infringir determinação do poder público, destinada a impedir introdução ou propagação de doença contagiosa está sujeito a multa e a uma pena de detenção de até um ano

No caso de menores de idade, há também a mesma obrigatoriedade da vacinação por força do art. 14 do Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA.

No dia 3 de setembro Bolsonaro afirmou que “Quando eu falei: ninguém pode obrigar ninguém a tomar uma vacina. Ninguém pode obrigar”, esta fala foi veiculada nas redes sociais pela Secretaria de Comunicação do Governo Federal e repetida pelo vice-presidente.

Tal declaração não tem sentido, pois as leis brasileiras obrigam a vacinação.

Como não lembrar do Samba do Criolo Doido, a canção satírica composta em 1966, por Sérgio Porto, conhecido como Stanislaw Ponte Preta: “Joaquim José que também é da Silva Xavier queria ser dono do mundo e se elegeu Pedro II.”

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Bolsonaro acenando eternamente à beira do caminho

É um retrato patético desses tempos a cena de Jair Bolsonaro, nesta sexta-feira, passando cerca de 1 hora acenando a caminhoneiros e motoristas que trafegavam pela rodovia Régis Bittencourt. Não vai faltar bolsonarista interpretando esta idiotice como um grande lance instintivo de gênio da política, mas o paralelo mais próximo disso é o doido que vai para a beira da estrada acenar para quem está passando. A diferença é que o doido não causa prejuízo ao país.

Que resultado caro, este da eleição passada, com um erro eleitoral só comparável à eleição de Jânio Quadros e Fernando Collor, lembrando que no engodo de Collor houve a colaboração do PT, com Lula — sempre este enganador: e ainda tem quem duvide das suas tranquilas sonecas no sofá vermelho do delegado Romeu Tuma, no Dops. O covardão teimou em ir para o segundo turno, mesmo tendo sido amplamente avisado que seria derrotado por Collor, como aconteceu depois com o lamentável poste Fernando Haddad, fazendo-se de escada para Bolsonaro subir ao poder.

Voltando à beira da estrada, a ideia de jerico de Bolsonaro, segundo o jornal O Globo, causou um congestionamento de cerca de 5 km na Régis Bittencourt. Provavelmente é muita coisa para mentes bolsonaristas, mas a preocupação com congestionamentos nas cidades ou nas estradas não se deve somente à irritação que isso causa nos motoristas. No final, a paradeira acarreta em custos, devidamente incorporados à economia do país.

Um exercício interessante seria avaliar quanto foi o prejuízo com este sujeito sem noção acenando durante uma hora na beira de uma rodovia importante para a economia de São Paulo e do país. Claro que, inserido na quebradeira em que está o Brasil, o custo não deve dar em grande coisa. Mas levando em consideração que Bolsonaro como presidente está acenando na beira da estrada desde que tomou posse, vai ser de cair pra trás se alguém for colocar na ponta do lápis o prejuízo total desses quase dois anos.

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Mural da História

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Nitrato de ozônio

Curitiba voltou ao alerta laranja.  Um ato raro de firmeza do prefeito na pandemia. Rafael Greca ficou fortalecido com o nitrato de ozônio da pesquisa de intenção de voto.

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Micuins

Quem nunca se coçou depois de rolar sem camisa na grama que se retire do assunto.

Antes de virar Micuim jornal digital, o micuim, animal pastoral, infernizou costas, espáduas, costelas, paletas, braços, pernas.

O micuim, que não é carrapato mas adora pele e couro, é marca de infância: pode até arder ao se relembrar folguedos, traquinagens, peladas em gramados baldios.

As mordidas ardidas do micuim, a pele avermelhada, a coceira aflitiva, breves passagens na derme infantil e juvenil. Daí em diante começam outras coceiras – no espírito, no cérebro, entre as pernas.

E chega-se à vida adulta com o hobby micuiniano: procurar sarna pra se coçar. Sem essa busca incessante talvez nem houvesse aventureiros, exploradores, cientistas, ativistas, jornalistas, humoristas.

Nem haveria a vara curta pra cutucar onças e os bichos nocivos da fauna política. Ir atrás da sarna pra se divertir aí já é derivação: ansiar pelo alívio após o prazer das provocações. Incomodar pra depois rir.

Com ou sem pandemia, com ou sem idiotas no poder, com ou sem novos jornais de humor, é dever não parar de rir.

Deve-se sorrir porque o sorriso é a única cauda que temos.

Deve-se dar risada para não ser solene. Dá uma trabalheira danada engomar atitudes ou fazer vinco no entusiasmo.

Deve-se gargalhar porque não existe eco melhor no vale de lágrimas.

Deve-se achar graça a qualquer preço, sobretudo porque a carestia impede que a graça vá de orelha a orelha.

Deve-se rir sem motivo porque nada é tão motivacional.

Deve-se aproveitar tudo que restou de engraçado neste mundo, ou até do outro.

Deve-se rir de si mesmo, para evitar sair do sério.

Deve-se soltar gaitadas pelo simples fato que é mais fácil que tocar sanfonas e acordeões.

Deve-se estocar risos para os tempos de piadas magras.

Deve-se buscar o risível por que de outra forma ele passa pela gente sem nos reconhecer.

Deve-se rir antes de dormir para acordar, quem sabe, com vestígios dele na cara.

Deve-se rir porque as desgraças vêm e vão, vêm em vão, vêm nos vãos, vêm nos vaus, vêm em vans. Elas vêm nos ver, e um dia ficam.

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O general do emprego

O deputado Ney Leprevost recebeu uma convocação irrecusável, que apela ao seu profundo paranismo: voltar ao governo Ratinho Jr como “um dos generais” (palavras do governador) da recuperação dos empregos no Paraná. Faz sentido. O governador não sabia do problema, para ele o Paraná vivia em plena empregabilidade. Ou, também faz sentido, quando o deputado Ney Leprevost deixou o governo para se candidatar a prefeito de Curitiba, o nível de emprego caiu assustadoramente no Paraná. Há crianças e idiotas que irão acreditar nisso.

Leprevost pediu o feriadão para desistir da candidatura e aceitar o retorno ao secretariado de Ratinho Júnior. Diz que irá consultar a família e os correligionários. Faz mais sentido ainda. A família não sabia que ele era candidato a prefeito, nem que tinha deixado o governo Ratinho Júnior na mais alta patente da carreira político-militar: general da arma do emprego. Os cinco dias também fazem sentido. O deputado e quase ex-candidato precisa tempo para consultar os 10% de eleitores que o apoiam para prefeito. Há crianças e idiotas, idem, ibidem.

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‘É preciso deixar o presidente atrapalhar’, diz ministro Marco Aurélio

Depois de o ministro do STF Luís Roberto Barroso dizer que Bolsonaro apoia a ditadura e a tortura, o ministro Março Aurélio Mello veio com um pano do tamanho de um campo de futebol para passar sobre a questão. Ele disse: “É preciso deixar o presidente trabalhar”.

Mas pessoas próximas disseram que a frase foi mal entendida. Ele na verdade teria dito que é preciso deixar o presidente atrapalhar. Marco Aurélio, que já disse que só mordaça poderia calar Bolsonaro, na verdade estaria interessado em manter o caos institucional que deixa o Judiciário nacional mais politizado e mais forte. “Tem que manter isso aí”, teria dito.

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