Paulo Leminski Neto

um homem com uma dor
é muito mais elegante
caminha assim de lado
como se chegando atrasado
andasse mais adiante
carrega o peso da dor
como se portasse medalhas
uma coroa um milhão de dólares
ou coisas que os valha
ópios édens analgésicos
não me toquem nessa dor
ela é tudo que me sobra
sofrer, vai ser minha última obra

 (Paulo Leminski, 1989)

Acabo de ser informado que o filho legítimo de Paulo Leminski, agora oficialmente chamado de Paulo Leminski Neto, discorda radicalmente das meias-irmãs Áurea e Estrela. Ele acha abominável a censura feita à biografia do pai-poeta. Não apenas por isso, mas ele está entrando com outras ações na justiça por outros motivos. Finalmente algo acontece nestas águas paradas. Toninho Vaz

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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