Pé no Palco comemora 17 anos com reforma de seu espaço cultural

O Amor Seja Como For. Foto de Bruno Tetto. Local virou referência em cursos livres de teatro e na realização de projetos socioculturais

O Espaço Cultural Pé no Palco comemora 17 anos de existência este ano, sendo dez na atual sede, no bairro Rebouças. Nesse tempo de atividade, passaram por lá aproximadamente 4,2 mil alunos de teatro. Foram mais de 250 peças encenadas e 11 projetos socioculturais de arte educação, com adolescentes de escolas públicas e crianças que vivem em abrigos. Neste momento o Pé no Palco passa por reformas, viabilizada por meio de empresas parceiras, para que o espaço possa abrigar um maior número de alunos nos projetos socioculturais.

Atualmente, dez arte educadores atuam no local. O trabalho é coordenado pela atriz e diretora Fátima Ortiz, que atua há 40 anos no teatro. Tudo começou com uma turma de cursos livres para atender uma demanda específica no Teatro Novelas Curitibanas. A procura foi tão grande que novos grupos foram formados, com mais artistas e colaboradores. Em seguida, as aulas migraram para o Centro Cultural do Portão. Anos mais tarde as turmas passaram a ser realizadas em uma sede própria, na Rua Conselheiro Dantas, 20, próximo ao Teatro Paiol.

Além dos cursos livres e dos projetos socioculturais, o Pé no Palco mantém o Círculo de Encenação e Pesquisa, uma companhia teatral permanente, com atores profissionais que passaram pela escola. Desde 2002 já foram montados nove espetáculos. Atualmente, três novas peças estão em pré-produção, sendo uma adulta e duas infantis.

No currículo da equipe estão peças premiadas, como “O Conto da Ilha Desconhecida” (melhor direção no Prêmio Fundação Cultural de Curitiba e melhor música e trilha sonora no Gralha Azul 2002), projeto sociocultural Raízes Brasileiras (melhor Projeto Sociocultural do Paraná 2004), Rumo à Terra (prêmio Miryam Muniz – Funarte 2005), “O Olho D´Água” (melhor espetáculo infantil no Troféu Gralha Azul 2007) e “O Palhaço Amoroso” (Prêmio Miryam Muniz – Funarte 2009), sem contar a grande lista de prêmios recebidos por Fátima Ortiz.

Diversos alunos que passaram por lá seguiram o caminho profissional do teatro, como Janaína Spoladore, Íria Braga, Lia Machado, Luiz Felipe Leprevost, Fernando Kadlubiski, Carolina Fauquemont, Keféra Buchmann, Fernando Cardoso, Otávio Linhares, Ed Canedo, Ana Fhernandes e Renato Scarpin, que já atuou em produções da Globo, Record, SBT e Band. O grupo profissional Súbita Companhia de Teatro, que vem se destacando na cena teatral paranaense, é composta por ex-alunos do Pé no Palco.

“O diferencial do Pé no Palco é integrar nos seus segmentos o ensino da arte educação, possibilitando o desenvolvimento expressivo dos alunos envolvidos em suas atividades”, explica Fátima. Desde 2004 a empresa desenvolve projetos de formação teatral gratuito para crianças e jovens de escolas públicas, com dificuldades de acesso aos bens culturais. Já passaram pelos projetos aproximadamente 550 crianças e jovens. Algumas delas tiveram a oportunidade de participar de espetáculos profissionais com diretores renomados da cidade, de trabalhos publicitários e cinema. Como a procura por esses cursos é grande, as reformas no espaço irão possibilitar que mais alunos participem do projeto. A ampliação do Pé no Palco irá ficar pronta ainda este ano.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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