Pensando bem…

TRO PICA NA GRAMA TICA “Os nossos políticos parecem não terem aprendido nada com os três anos de Lava Jato, em vez de procurarem instrumentos que coíbam a corrupção, andam atrás de buscarem em leis, formas de perpetuarem-na…”

Primeira frase e epígrafe casual do longo post no Facebook do ex-deputado Toni Garcia contra o governador e ex-amigo Beto Richa. O ex-dono do Consórcio Garibaldi sorteou verbos sem os lances da gramática.

O GOVERNO estuda aumentar impostos. Como sabemos? Simples, o governo fala a novilíngua, negação é afirmação e vice-versa. Não dá refresco. Não corrige a tabela do imposto de renda e além da inflação com que há anos come parte de nosso dinheiro, daremos mais dinheiro para alimentar incompetência, corrupção e mordomias sibaríticas das corporações – que se poupam e se excluem das ações de austeridade, como a reforma da previdência.

OS SINDICATOS negociam seu apoio à reforma da previdência. Aceitam o que prejudica os trabalhadores, como o limite de idade para a aposentadoria. Desde que ganhem – eles, sindicatos e seus dirigentes, políticos iguais aos outros, de igual apetite. Sua moeda de troca é a taxa assistencial, que hoje só podem cobrar dos empregados associados, os sindicalizados. Querem cobrar de todos, mesmo não associados.

Argumentam que trazem benefícios com as negociações e os dissídios salariais. Mas para isso já não ganham o imposto sindical, obrigatório, um dia de salário? Ou seja, já têm um imposto e querem mais um, que o governo criaria por lei. Fosse apenas isso que levam do erário até seria aceitável. Recebem mais, para suas centrais, que fazem mais política partidária que sindical. Prestam contas desse dinheiro semi público? Não.

O MINISTRO BLAIRO MAGGI, da Agricultura, tornou-se o piloto de provas da carne brasileira. Quando e onde pode, afirma que a carne é forte, saudável e pode ser consumida. Incansável, deixa-se fotografar deglutindo carne, sempre em ambiente seguro, nunca na birosca de rua que vende espetinho de gato.

O ministro não faz cara de prazer porque sua cara de prazer ele a reserva para a imensa produção de soja de seus latifúndios. Tamanha capacidade deveria ser explorada pelo governo Temer. Tipo deslocar Maggi para as filas do SUS, onde mostraria que o serviço é bom, ou aos presídios, para defender a qualidade do atendimento.

BRASIL IL IL IL  A Empresa Brasileira de Comunicação, órgão do governo federal, noticia que o ministro Ricardo Barros, da Saúde, foi advertido porque não incluiu na agenda oficial viagem ao interior do Paraná em setembro de 2016, período eleitoral, quando fez “promessas indevidas” aos eleitores.

As promessas, porque indevidas, geraram a advertência. A omissão na agenda, idem, porque indevida. A viagem em si, sem agenda e com promessa indevida, essa não foi indevida. O ministro continua ministro e as promessas vogam ao vento. Os eleitores, esses otários, continuam indevidos e mal pagos.

COMBUSTÍVEL adulterado em postos de Curitiba, de 50 litros de gasolina, 6 ficam na bomba. Carne vencida e apodrecida vendida pelos frigoríficos. Políticos mais adulterados e podres que a gasolina e a carne.

Aonde vamos parar? Onde estivemos desde sempre. Melhora um dia? Pode ser, mas não estaremos aqui, nós e muitos galhos da árvore genealógica. Não deu jeito em 517 anos. É caso de torcer pelos próximos 517.

Rogério Distéfano

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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