Pensando bem…

Pesquisadores de Minas Gerais descobriram que o veneno da aranha armadeira poderá ser usado na elaboração de remédio para a impotência. A picada dessa aranha causa priapismo – daí o nome armadeira? Problema causado pela aranha será resolvido com a aranha.

O ministro Gilmar Mendes negou habeas corpus para Eike Batista. Será que o ministro mudou depois da temporada em Cambridge, EUA, a mesma em que estiveram Dilma e Sérgio Moro?

Marcelo Odebrecht deu depoimento ao juiz Sérgio Moro. Disse que entregou R$ 13 mi para Lula. Calúnia. O ex-presidente não iria se sujar por tão muito. Ou não.

O relator da reforma trabalhista na câmara dos deputados propõe eliminar 100 artigos da CLT.  Já não era sem tempo. Agora, decepar uns 200 artigos da Constituição ninguém propõe. É que a CLT é ruim para os empresários e a Constituição é excelente para os deputados.

Marilena Chauí, a filosofa petista, deu palestra na Reitoria, ontem. Tanta gente para ouvir a padroeira do PT lembrava a romaria de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Tudo questão de fé.

O Brasil tem coisas notáveisuma delas o eufemismo. Como esse tal ponto facultativo de quinta-feira próxima. Ponto é fácil; é o registro de presença, assinado ou clicado em cartão. Por que facultativo? Porque o funcionário pode assinar como pode não assinar o ponto, bater ou não bater o ponto, ou seja, vem para a repartição se quiser, não terá desconto nem problema disciplinar. Isso em tese, porque a síntese é outra.

Acontece que em dia de ponto facultativo a repartição nem abre e o funcionário já se programou para dormir até mais tarde ou já está na praia, emendando o ponto com a vírgula, no caso o feriado que sempre vem junto. Então por que o ponto é facultativo? Porque é feriado disfarçado, uma vez que os feriados, nos quais não tem ponto e é obrigatório não trabalhar, estão todos relacionados na lei. Isso é Brasil.

Rogério Distéfano

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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