Pensando bem…

Agora fedeu. Que cagada, Rodriguinho!

Deprimidos Crônicos

Onze milhões de brasileiros, ou 5,8% da população, são deprimidos. Estatística da Organização Mundial da Saúde. Como dizia o presidente Lula, se me pesquisassem a estatística aumentaria um ponto, tamanha minha depressão. O que a OMS não estudou foi uma das causas da depressão entre os brasileiros: a política. Conheço muitos do grupo e já classifiquei com terminologia a depressão cívica, provocada pelos solavancos do Brasil.

Não há como evitar a depressão cívica. Afastado o presidente Collor pensávamos que o Brasil tomara o rumo da seriedade. Mas vieram aos poucos os escândalos tucanos e os assaltos petistas, mensalão e petrolão. Um partido encheu de esperanças não só o povo carente – inocente e saudoso da esmola da bolsa-família e dos refrigeradores baratos – como as classes médias, que viram nele o novo, o ético, o patriótico. O PT não só aliou-se aos políticos-bandidos como expandiu exponencialmente a corrupção.

O brasileiro esclarecido, com capacidade de análise e conhecimento sobre passado e presente da república, está sem esperanças. A depressão cívica induz nele o niilismo, a descrença na ética pública e nos valores do Estado, entre nós mero abrigo dos criminosos mais ousados e cúpidos. O niilismo e a desesperança são ainda melhores que o outro lado da moeda, o escapismo imediatista, que leva ao flerte com aventureiros que prescrevem mudanças impraticáveis; ou piores, autoritárias.

Soa exagerado: o Brasil replica aqui dentro e materializa as previsões de cientistas para o futuro da humanidade. Para estes, o homem compromete sua sobrevivência e a do planeta com guerras, dissipação do ambiente e recursos naturais, incluída a superpopulação. O Brasil, além disso, também vive o drama de uma superpopulação que compromete sua viabilidade, como a outra, da humanidade geral: a dos políticos corruptos, que só aumenta, ativa e vegetativamente.

Rogério Distéfano

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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