Alexandre Garcia oculta mais de 500 vídeos negacionistas

A vida de negacionista não anda fácil para Alexandre Garcia. Talvez você tenha visto o ex-assessor do general Figueiredo passando uma saia justíssima nesta semana na CNN: para defender seu amigo Bolsonaro, o colunista disse que o presidente só defendia a Constituição. O apresentador perguntou se governadores e prefeitos, ao defenderem o direito à vida também não estavam defendendo a Constituição.

O resultado foi esse constrangedor silêncio de dez segundos, seguidos de uma ameaça:

Alexandre Garcia passou a última semana deletando vídeos com desinformação sobre a pandemia em seu canal no YouTube. Já são mais de 400

Hoje, defendia o direito à liberdade p/ criticar medidas de isolamento. Foi então perguntado sobre o direito à vida. Sua reação foi o silêncio. pic.twitter.com/U3VWlstbK3

— Sleeping Giants Brasil (@slpng_giants_pt) May 6, 2021

Enquanto isso, segundo Guilherme Felitti, da Novelo Data, Garcia está fazendo uma limpa em seu passado recente. Os dados mostram que dos 1.145 vídeos do canal de YouTube do bolsonarista, 502 (43%) foram apagados ou tornados privados. Em geral, ligados a tratamento precoce, vacina e Covid.

Em sete dias, desde que a CPI começou a causar medo no pessoal, o canal foi praticamente cortado pela metade. Não foi só ele: Leda Nagle, outra porta-voz do negacionismo, apagou 50 vídeos negacionistas, com pérolas como 1vermect1n4 (um jeito, segundo Felitti, de escapar do monitor automático do YouTube).

Por outro lado, o YouTube também andou apagando vídeos negacionistas. Um deles, da Gazeta do Povo, site que hospeda o próprio Alexandre Garcia. O título do vídeo era: “Entrevista com Dra Raíssa Soares: médica de Porto Seguro está com Covid-19”.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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