Presidentes sapiens

Dizem que Bolsonaro é burro, que tudo que diz e faz é absurdo, minhoca, sem pé nem cabeça. Eu concordaria, com uma condição: que Dilma foi mais burra – e aquilo que vem a seguir ao ‘burro’ de Bolsonaro na frase anterior. Mais burra, sim senhor. Explico. Bolsonaro não esconde a burrice e o despreparo. O mundo e as ideias para ele reduzem-se ao genérico “isso tudo aí”. Ser burro não é problema. Problema é se achar inteligente. Melhor só meu colega de UFPR, que dizia “sou burro mas não represento”. E nunca representou, pois nunca foi ator.

O presidente admite que teve dificuldades no ensino fundamental e, humilde, reconhece que fez curso de português à distância – ia escrever ‘por correspondência’, mas tenho orelhas sensíveis ao cacófato. Seu curso superior foi a academia de Agulhas Negras, não uma universidade mineira ou paulista. Não seguiu o rumo do estrelado comum aos militares, os cursos de estado-maior e da Escola Superior de Guerra. Bolsonaro deixou o exército e caiu no baixo clero da política, ou seja, deixou o céu por ser escuro e foi ao inferno à procura de luz.

Dilma foi bailarina infantil, pai fugitivo do comunismo búlgaro; cursou as cadeiras optativas da guerrilha, estudou economia, assessorou Leonel Brizola como secretária das Finanças do Rio Grande (?!) Tem doutorado fake no currículo e fez o que fez como presidente – pior, nada fez. Suas contribuições à inteligência estão no feminino em tudo, da comandanta do avião presidencial ao presidenta. Sem esquecer o teorema da mandioca e na maravilha da ‘mulher sapiens’. Se alguma viúva petista concordar, afirmo a burrice do presidente.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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