Viagem na maionese – Bolsonaro erra e recua, tenta consertar, parece intuir o tamanho do problema. Dilma errava e insistia com a impérvia dos obtusos; ao tentar o conserto, o impiche batia-lhe na cintura. De comum, são prepotentes, arrogantes, titulares do monopólio da verdade e do cartel da boa intenção.

Um vive, a outra viveu a ilusão dos eleitos: a unção divina das urnas e os índices de aprovação conferindo verdade e certeza ao que fazem. Recipientes do cheque em branco da História, são indiferentes e alheios ao contingente, ao circunstancial, ao imprevisto e à fluidez da vida política.

Quem muito explica… – O juiz Sérgio Moro não para de dar entrevistas desde que aceitou ser ministro de Jair Bolsonaro. Falar muito, falar demais é questão de temperamento. Nunca foi do temperamento de Moro, que falava quase o mínimo, ainda que um pouco além do necessário, mas menos que os loquazes ministros do Supremo.

Falar todos os dias sobre a entrada no ministério, da credibilidade de suas sentenças e do risco para a Lava Jato, deixa a pergunta: para quê tanta explicação? Quem tem razão não explica tanto. Uma vez justificou o auxílio-moradia pela falta de aumentos na magistratura. Alguém rebateu: “quem muito se explica, muito se complica”.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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