Causa mortis, causa vivis – Antes o pessoal entrava no IML morto, ensacado e guardado na geladeira até o dia da necrópsia, para estabelecer a causa mortis. Com essa história de políticos corruptos, o pessoal entra no IML caminhando, algemado, com roupa de ginástica, fica lá meia hora e vai embora. E ainda tem colunista social na saída, para fotografar e passar reportagem, como hoje na prisão de Joesley Batista e parceiros no crime. Os corruptos vão ao IML para estabelecer a causa vivis – como são tão vivos e como continuam tão vivos.

As panteras do Capitão – Bolsonaro levou quatro mulheres para sua equipe de transição, um recorde, considerando o bodum de testosterona que exala o entorno do capitão. Três são militares, entre as quais uma índia. Nada de mulher quilombola, preta, trans ou LTBT+. Se calhar são evangélicas e acreditam em Adão, no Dilúvio e uma jura que Tupã é o pai do messias.

Salve o conduto – Voltou a folia de prender Joesley Batista e Ricardo Saud, presidente e diretor da Friboi, estripulias maracutistas no Ministério da Agricultura que levaram no mesmo camburão o ex-ministro e atual vice-governador de Minas. Não demora vem o salvo-conduto do Supremo proibindo a prisão da turma até que os bois virem sapatos.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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