Parlapatices polissilábicas – Teremos o Ministério da Cidadania, informa o futuro ministro Onyx Lorenzoni com pompa e circunstância gauchesca. Cidadania? Tudo no governo e no ministério é cidadania. Por que isso? Porque brasileiro em geral – professores de universidade, políticos e administradores públicos – adoram palavras vazias, ocas, que pretendem dizer tudo e não dizem nada.

Jaime Lerner, quando prefeito, inventou as ruas da Cidadania, onde o povo ia buscar tudo aquilo que podia buscar na prefeitura. Então na rua da cidadania o cidadão era mais cidadão que na prefeitura? Que nada, o nome era bom, um polissílabo funciona melhor que um dissílabo. Como a Ópera de Arame, que não é ópera e não tem arame. Ou o Jardim Botânico, que tem menos plantas que os prédios vizinhos.

Piculy não engole sapo – Michelzinho Temer, o primeiro-filho do Brasil, não deu a Piculy o elixir do Papai. Piculy, o primeiro-cachorrinho do Brasil, baixou veterinário, intoxicado por morder um sapo. Papai Michel não só morde como engole sapos e sapas e continua firme. Prova de que filho de político nem sempre é cascudo como o pai. A informação vem do Face de Piculy, alimentado pela primeira-sogra e primeira-avó do Brasil, mãe da primeira-dama.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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