Farsa e chanchada

FERNANDO COLLOR e sua credencial para ser presidente: já foi presidente. Sim, e deu no que deu. Na campanha que o elegeu enfrentou candidatos fortes, de tradição política, como Ulisses Guimarães e Mário Covas. Na mesma eleição derrotou Lula, que chegara ao segundo turno. Naquela época usou a radiolinha contra Lula. Agora jogaria o sítio no debate.

Surfaria no maremoto anti-Lula, com a aura de tê-lo derrotado. Alternativa a Jair Bolsonaro para os saudosos da ditadura, incomodados com os destemperos do ex-capitão. Com boa dose de cinismo pode levantar a bandeira anti-corrupção, a mesma de seu governo ‘anti-marajás’ de Alagoas – a Índia brasileira, ainda com marajás e miséria.

A disputa entre Lula e Collor seria interessante, a farsa repetida à exaustão, confronto entre medidas da corrupção, a artesanal de um lado, a high tech de outro. Se em política o impossível acontece, Collor pode ser eleito. Assim também Lula, como o anti-Collor. No Brasil a História começa como farsa e termina como chanchada.

Rogério Distéfano – O Insulto Diário

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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