Um amor de esquerda – Tive trelelê com a garota de esquerda, tempo de faculdade. Extrema esquerda, planejava guerrilha. Frequentava o aparelho comunista na Praça Tiradentes; me largava na entrada do prédio, eu confiável no amor, desconfiável na política. Eu era da direita festiva, sempre em programas com gente de esquerda. Tinha disso naquele tempo.

Com a repressão, ela sumiu na clandestinidade. Outro nome, escondida até hoje, como o soldado japonês que continuou na selva 50 anos depois da rendição do imperador. Linda, pele, cabeça, tronco e membros glórias do caldeirão étnico. Às sextas vinha do banho com atmosfera de alfazema, que não me sai da memória olfativa.

A garota de esquerda não tinha dessas coisas que o cretino filho de Jair Bolsonaro diz das mulheres de esquerda. Nunca fiz política à esquerda ou à direita, hoje estou mais para anarquista lírico, como Chaplin. Mas aprendi que no amor a diferença entre mulheres de direita e de esquerda não está no asseio e sim no lado da cama que escolhem.

Novo DataInsulto – Pesquisa do DataInsulto para as eleições de domingo, em todos os níveis: Enganadores 100%, Brasil 0%.

Besteirol d#Eles – “As mulheres de direita são mais bonitas que as da esquerda. Elas não mostram os peitos nas ruas e nem defecam nas ruas. As mulheres de direita têm mais higiene”

De Eduardo Bolsonaro, deputado estadual no Rio, filho d#EleNão. E depois dizem que o vice, general Eduardo Mourão, e o posto ipiranga, Paulo Guedes, complicam Jair Bolsonaro com declarações sem noção e sem propósito.

Isso lá é lugar? – No orelhão o santinho da mulher, belíssima. Colado pelo lado de fora. Alívio, tinha nome e número. Número do partido e número para votar. Dentro do orelhão as outras, fotos fakes, nomes de guerra, especialidades e o indispensável telefone. Deve ser desespero da candidata ou falta de noção do cabo eleitoral colar propaganda de senadora em orelhão.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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