Transição do governo: com emoção ou sem emoção?

Com tantos salamaleques, apertos de mão sorrisos e beijinhos, beijinhos, a transição do governo Cida Borghetti (PP) para Ratinho Jr (PSD) já cansa a beleza. É tanta boa vontade dos dois lados que daqui a pouco os paranaenses vão concluir que Cida Borghetti nem deveria sair do Palácio Iguaçu. Pior, poderia chamar Beto Richa, fazer um puxadinho para Ratinho Jr e a vida segue.

Ora, Senhores e Senhoras, a gente vota é pra mudar e ver o bicho pegar: nos últimos 8 anos tivemos congelamento de salários, ajuste fiscal de arrasar quarteirão, malfeitos de deixar petista envergonhado e obras inacabadas de Norte a Sul. Portanto, o mais importante é o que vier depois da transição, quando Ratinho terá mais o que fazer além de retribuir abraços.

A mudança de governo não precisa ser uma guerra, como gostava de fazer aquele senador que hoje está “solito” na vida política. Mas, também, não precisa ser uma janela cor-de-rosa aberta para o mundo.
Mais do que uma transição, o Paraná precisa mesmo é de uma boa revisão do governo que está indo embora.

Todo novo amor demanda uma discussãozinha básica para superar as arestas do passado e não repetir os mesmos erros.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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