Samba do Passeio

© Cesar Marchesini

Já fui lá só pra ver o macaco,
pra ver o pinguim.
Mas confesso que tive meu fraco
por um pedalim.
Fosse o lago o lago que fosse,
o Passeio era doce,
do Pasquale ao Pigalle, Guaratuba ou Berlim.
Começou a ficar mais legal
quando fui pra sacar a batalha campal
de uma tal empregada com um militar e a rival.
Já fui lá pra fumar Caporal Douradinho,
beber muito vinho
e depois, passar mal.
Já fui lá ver o Nireu Teixeira falar e dizer e contar.
Fui também pra espantar a canseira.
Fui também pra beber o luar.
Me passeia, Passeio,
passeia, passeio,
passeia, Passeio, até tudo passar.
Passeia até tudo parar.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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