Sempre o coitadismo

Rogério Distéfano – O Insulto Diário

Dilma diz que tem medo de “banho de violência” na campanha eleitoral. Duas coisas, uma séria, outra não. Uma, essa violência, o ódio, não surgiu do nada. Tem tudo a ver com as sujeiras dos governos petistas. E não é ódio de classe, como adoram dizer Lula, Dilma e a maritaca presidente do partido.

Fosse ódio de classe nem Lula nem Dilma teriam sido eleitos duas vezes. Os ricos e a classe média passaram a gostar deles, no geral. O ódio nasceu da traição dos ideais que o PT vendeu para se eleger e a impostura de usar medidas sociais como anteparo para a roubalheira e o enriquecimento de seus líderes.

Portanto, o bonzismo e o coitadismo petista cansaram, não colam, não pegam. Usam o biombo do ódio para recalcar a culpa e fugir da evidência de que o PT e seus líderes são iguais aos outros partidos e seus líderes. É só passarem as eleições deste ano e o PT, como os outros partidos, produzirá filhotes dissidentes.

Quanto ao “banho de violência”, claro que virá, o PT convida e agora revida, com os corretivos, entra em áreas onde não é bem vindo. Por que Lula não vai às favelas do Rio, agora que o partido industrializou a morte de Marielle Franco? Lá não rende manchete, não tem o dodoi de perseguição, do ódio, a toada cansativa da companheirada.

O purgatório será leve para Renan Calheiros e Ricardo Lewandowski quando retorceram a Constituição para manter Dilma com os direitos políticos depois de cassada. Sem direitos políticos, nos pouparia de ouvir suas bobagens. Já basta as que somos obrigados a ouvir de Lula e Gleisi Hoffmann.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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