Sessão da meia-noite no Bacacheri

Uma família é forçada a um período de autodescoberta depois que seu patriarca autoritário é acidentalmente transformado em uma galinha por um mágico durante uma festa de aniversário de crianças.

Um filme de fato complexo. De quadros fixos, cheio de silêncios e ruídos. Cenários perturbadores, de um mundo quase apocalíptico, violento, destruído. Um mundo sem mulheres. A mim me pareceu um drama denso sobre a miséria, que retrata a cíclica luta pela sobrevivência de uma mulher sozinha com seus filhos, que resiste sem desesperar-se mesmo quando grosseiramente tentam lhe arrancar tudo das mãos. Ela segue colocando comida na boca dos filhos e suportando a dor com dignidade. Não só suportando como desvelando, crescendo e se libertando da mesma. Para além da magia.

O Truque da Galinha (2021) – Egito, em parceria com França, Grécia e Holanda, 1h52’. Drama social-cômico-fantástico. Direção: Omar El Zohairy. Elenco: Demyana Nassar, Samy Bassouny, Fady Mina Fawzy. Distribuição: Imovisio

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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