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“Estou bem feliz em ver que meu trabalho foi reconhecido”,  afirma Wilson Bueno. © Myskiciewicz

A Oxford Press University, a mais importante editora universitária dos Estados Unidos, lançou recentemente uma antologia que é a mais completa e importante obra do gênero editada até agora, em língua inglesa, sobre a literatura latino americana.

O trabalho cobre 500 anos de produção em língua portuguesa e espanhola. Dentre tantos escritores, a obra selecionou o trabalho de três paranaenses: Paulo Leminski (Catatau), Josely Vianna Baptista (Poetry) e Wilson Bueno (Paraguayan Sea).O escritor Wilson Bueno, nascido em Jaguapitã, norte do Paraná, que já foi colunista do jornal O Estado do Paraná, e é considerado um dos mais importantes escritores modernistas brasileiros, revela um pouco mais desse trabalho.“Essa apologia à poesia latino americana é a publicação mais importante. São aproximadamente 608 páginas, que cobrem escritores desde o Uruguai até o México, de escritores anônimos até pessoas reconhecidas internacionalmente, abrangendo os idiomas português e espanhol”, comenta Bueno.O escritor paranaense, que já lançou 17 livros que já foram publicados em países como Canadá, Chile, Argentina, México, Cuba, entre outros, chama a atenção para um detalhe curioso: entre tantos nomes presentes na antologia, apenas quatro escritores estão vivos.

“Somente eu, a Josely, o Décio Pignatari e o Augusto de Campos ainda estão vivos. O trabalho conta com a presença de escritores do porte de Castro Alves, Olavo Bilac, Cecília Meireles, Cruz e Souza, Aloísio de Azevedo, Machado de Assis, dentre outros excelentes escritores que deixaram sua marca na história. A maioria dos autores obteve duas ou três republicações de suas obras, contudo, alguns, como do argentino Jorge Luis Borges, do próprio Machado de Assis, dentre outros, tiveram uma participação ampliada. A antologia foi um trabalho extremamente seletivo e reuniu só gente conceituada”, avalia.Para Bueno, estar ao lado de todas essas pessoas é um motivo de muito orgulho. “Estou bem feliz em ver que meu trabalho foi reconhecido.

É quase um êxtase, uma catarse. Estou muito orgulhoso de estar presente nessa obra e de levar o nome do Paraná, pois tenho muito orgulho de ser paranaense”, comemora.Ele garante ainda que o Paraná é um celeiro de talentos para a literatura. “Felizmente, temos bons literários aqui. O Estado tem se destacado nesse cenário e esperamos que isso se mantenha”, conclui.

Flávio Laginski. O Ex-tado do Paraná (5/9/2009)

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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