Você pode me irritar
quanto quiser,
meu amor.
Pode dizer que eu sou
isso e aquilo, que eu não sei
o que quero,
despreze meu beijo,
recuse meu presente,
passe a garra afiada
da sua raiva na pele fina
das minhas emoções.
Fico puto, sim,
com as palavras ásperas
que a sua boca
se esforça
para pronunciar.
Sei que elas foram inventadas
para me ferir,
mas sei também que nelas
não está o seu coração.
Assim como o seu olhar,
ele não mente.
Toda vez que bate,
simplesmente
mostra o que sente.
Paulo Vitola
quanto quiser,
meu amor.
Pode dizer que eu sou
isso e aquilo, que eu não sei
o que quero,
despreze meu beijo,
recuse meu presente,
passe a garra afiada
da sua raiva na pele fina
das minhas emoções.
Fico puto, sim,
com as palavras ásperas
que a sua boca
se esforça
para pronunciar.
Sei que elas foram inventadas
para me ferir,
mas sei também que nelas
não está o seu coração.
Assim como o seu olhar,
ele não mente.
Toda vez que bate,
simplesmente
mostra o que sente.
Paulo Vitola