Trumponaros & ignaros

O petista sobe pelas paredes. Nicolás Maduro aparece na tevê e alguém o chama de ditador. “Pelo menos foi eleito’, retruca o petista, sempre a evocação de Michel Temer, o vice não eleito; os petistas converteram Dilma em marsupial, o bicho australiano que gesta o filho na bolsa fora da barriga. Vice que trai não é eleito.

Eu podia meter a colher: Maduro fraudou eleições, mexeu na constituição, criou milícias populares, quebrou o país com o populismo, subverteu o parlamento e a suprema corte. Mas no Brasil de hoje religião e gosto se discute, política, jamais. Já vi filho expulso de casa ao brigar com o pai ‘Trumponaro’.

Melhor calar, não voto em ninguém. O eleito, qualquer um, será marionete do Centrão. O alvo do rompante petista, calma de budista, pondera, às raias da meiguice: “Hitler também foi eleito, por esmagadora maioria. Putin é eleito e reeleito há trinta anos”. O petista continua enfezado, cegueira incurável, cérebro embotado.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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