Vaintroba e basta

LEITOR FIEL e amigo de todas as horas, Salomão Goldstein reclama de meu jeito de escrever o nome do ministro da Educação: Abrão Vaintroba em vez de Abrahão Weintraub. “Ele é judeu, doutor e ministro, não é o dono da assistência técnica de eletrodomésticos”.

Salo estava fora quando o ministro disse que era “judeu por parte de avô”. Ofendeu o titular do Insulto, 0,03% judeu por parte de uma pentavó cristã nova e por parte de filhos e netos. Os técnicos em eletrodomésticos não merecem a comparação. São socialmente mais úteis que o ministro.

Vaintroba não pode ser chamado de doutor, ainda que o seja, porque no ministério faz tudo que o título ensina não fazer. Quanto a isso de ser ministro, no Brasil de hoje – mais que no de ontem e anteontem – é vitupério, xingamento.

Pergunte a Sérgio Moro, ou mesmo à mulher que mora com ele, se tem orgulho de ser ministro. Até Damares Alves, o símbolo maior do governo Bolsonaro, já pediu a lata de goiabada e até dezembro volta a subir na árvore para o tête-à-tête com Jesus.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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