Homo Sapiens, Uni-vos!

© Roberto José da Silva

Quando vejo manifestação pública sobre ou contra uma ideia, um partido, um candidato ou um time, enxergo mais vaidade do que propósito genuíno.

Desconfio que as verdadeiras forças que mudam o destino de uma nação ou civilização passam longe da gritaria ensandecida. Estas forças habitam e viajam no escuro. São indetectáveis. Mudam de direção sob a menor variação das condições reinantes e trazem resultados tão poderosos que fariam um deus se ajoelhar.

Esta inebriante ilusão que teimamos saborear repetidas vezes, a de que podemos alterar o resultado de qualquer coisa, é apenas um fiapo da grande ingenuidade que nos coloca convicção de que temos controle das circunstâncias. O acaso é a única constante num universo indiferente que aprecia apostar alto jogando dados. Nesta perspectiva, quando vejo ruas tomadas por milhares gritando por POLÍTICOS (?), não consigo pensar em outra coisa. Macacos! Nunca deixamos de ser.

Yuri Vasconcelos da Silva – arquiteto (Blog do Zé Beto)

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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