“Sermões”

Um trecho apenas, a rigor um parágrafo de um dos “Sermões”, escritos (e proferidos), no Brasil e em Portugal, ao longo de 1638 a 1695, pelo Imperador da Língua, padre Antônio Vieira (1608-1697) :
“O pó futuro, o pó em que nos havemos de converter, vêem-nos os olhos; o presente, o pó que somos, nem os olhos o vêem, nem o entendimento o alcança. Que me diga a Igreja que hei de ser pó:
In pulverem reverteris, não é necessário fé nem entendimento para crer. Naquelas sepulturas, ou abertas ou cerradas, o estão vendo os olhos. Que dizem aquelas letras? Que cobrem aquelas pedras? As letras dizem pó, e tudo o que ali há é o nada que havemos de ser: tudo pó.”
Wilson Bueno.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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