Tia Ciata, Adoniran e Pixinguinha para crianças Histórias da música brasileira são contadas em belo livro, escrito por Simone Cit, que acompanha CD.

Casa do Pixinguinha. Ilustração de
Iara Teixeira parece ganhar vida. Ouiés.

Uma visita ao interior da casa da Tia Ciata, em pleno dia de festa, com Pixinguinha, ainda menino, tocando flauta, ao lado do compositor Caninha, no cavaquinho. bum dos autores de Pelo Telefone, considerado o primeiro samba registrado na história, em 1917, encontra-se também na sala de visitas da baiana, enquanto Hilário Jovino, o pernambucano que inventou os passos do mestre-sala, dança animado no quintal. Tudo isso é só o começo do belíssimo livro Histórias da Música Popular Brasileira para Crianças, um dos projetos recém-selecionados pelo Natura Musical, escrito por Simone Cit, com ilustrações de Iara Teixeira e direção musical e arranjos de Roberto Gnattali.

Sim, o livro ainda acompanha um CD com algumas das mais representativas canções de cada um dos artistas que lá figuram, como por exemplo, a marchinha Ó Abre Alas, de Chiquinha Gonzaga, Um a Zero, de Pixinguinha, Conversa de Botequim, de Noel Rosa (com Vadico), Samba do Arnesto, de Adoniran Barbosa (com Alocin) e Boas Festas, de Assis Valente. Todas cantadas por crianças, o que torna a obra ainda mais cativante. “A intenção não foi montar um coro infantil: queríamos mostrar que todo mundo pode cantar. Chamamos filhos de amigos, parentes”, conta o compositor e arranjador, sobrinho de Radamés Gnattali.

A segunda faixa do CD, logo após a clássica Pelo Telefone cantada por crianças, traz uma vinheta que apresenta alguns dos instrumentos mais utilizados no samba, como a cuíca, o agogô e o reco-reco. E as últimas sete faixas apresentam somente as bases instrumentais, para que todo mundo possa cantar junto, como num karaokê.

As figuras encantadoras criadas por Iara Teixeira para ilustrar a obra, que parecem saltar e ganhar vida, foram todas elaboradas com a técnica da colagem. “Até as azeitoninhas das pizzas que ilustram Um Samba no Bexiga, do Adoniran, foram coladas. Afinal eu não podia ‘preparar’ qualquer pizza em São Paulo, né?”, diverte-se Iara.

A obra, com tiragem de cinco mil exemplares, é destinada exclusivamente aos alunos de escolas públicas de São Paulo, Rio, Paraná e Rio Grande do Sul. A princípio, portanto, ela não será comercializada. “O projeto também inclui workshops, que venho ministrando nesses Estados, e apresento sugestões de exercícios musicais para os professores usarem em sala de aula”, conta a autora Simone Cit, que já pensa num segundo volume, no qual devem figurar Braguinha, Lamartine Babo e Hermeto Pascoal, entre outros ilustres. Dia 12, ela estará no Centro de Referência de Música Carioca, na Tijuca.

Interessados em mais detalhes (e, quem sabe, até conseguir um disputado exemplar) devem escrever para
materiadesom@yahoo.com.br
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Livia Deodato/O Estado de São Paulo

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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