— Confesse, meu filho, confesse.
— Meti a mão no jarro, padre. Comprei juízes. Falseei licitações. Solicitei prebendas. Minhas contas foram pagas por empreiteiras. Troquei de partido por dinheiro. Carreguei dólares e euros na cueca.
— Meti a mão no jarro, padre. Comprei juízes. Falseei licitações. Solicitei prebendas. Minhas contas foram pagas por empreiteiras. Troquei de partido por dinheiro. Carreguei dólares e euros na cueca.
— Tá.
— Instaurei a cornucópia da luxúria e da depravação num partido puro, composto por gente caipira, ingênua, que mal sabia o que era a cobiça.
— Certo.
— Fiz a tigrada se iniciar em charutos cubanos, andar em jipes importados, voar de primeira classe, abrir contas no estrangeiro.
— Pois não.
— Promovi orgias regadas a álcool, padre. O ‘uíque’ mais furreca era Johnny Black 18. E vinhos, então. Cheval Blanc, uma vez, tomei de canudinho. E depois eu e a moça fizemos bochecho.
— OK.
— Me diga, padre: a punição, neste caso, é o inferno?
— Certo.
— Fiz a tigrada se iniciar em charutos cubanos, andar em jipes importados, voar de primeira classe, abrir contas no estrangeiro.
— Pois não.
— Promovi orgias regadas a álcool, padre. O ‘uíque’ mais furreca era Johnny Black 18. E vinhos, então. Cheval Blanc, uma vez, tomei de canudinho. E depois eu e a moça fizemos bochecho.
— OK.
— Me diga, padre: a punição, neste caso, é o inferno?
— Bem, nem tanto. Estamos no Brasil.
— Já sei: então, vão me ferrar?
— Ah, isso vão!
— E sem K.Y.?!
— Acertou. E vai começar agora. Vamos ali pros fundos, que eu te achei um gato. Almir Feijó.
— Ah, isso vão!
— E sem K.Y.?!
— Acertou. E vai começar agora. Vamos ali pros fundos, que eu te achei um gato. Almir Feijó.
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