Foto de Nilza Cerquize.

Mariana

Bucólica cidade do interior de Minas
O centro histórico, a estação de trem
Nas praças, as pernas de tuas meninas
Na tua Via-Sacra, milhares de “amém”

As igrejas, a Casa de Câmara e Cadeia
Cidade que dá permissão aos poetas
Não sei se os seios que servem a ceia
São parte da hóstia em missas secretas

A chuva cai intensa, arrasta teus metais
Nós seguimos juntos, querendo a poesia
Na casa de Alphonsus a teremos mais
O simbolismo em tudo que viveu um dia

E o tempo nublado no céu da tua boca
E olhos marejados dizem vir mais chuva
Então, prenso as formas da arte barroca
Como espremo bagos em cachos de uva

Felipe Cerquize
12/02/2009

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
Esta entrada foi publicada em Sem categoria. Adicione o link permanente aos seus favoritos.
Compartilhe Facebook Twitter

Deixe um comentário

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.