sentimos muito, pacientíssima doutora,
mas não houve outro remédio.
na falta de antidistônico disponível
em sua farta farmacopéia,
ingerimos, sem consentimento médico,
o etílico que nos baixa o nível
da tristeza que, libando, porá fora a cefaléia!

exceto à falta do vinho, somos pacientes.
à medida que o saca-rolhas pinça a cortiça
pensamos não só em beber e nas escusas,
mas, também, no bouquet, deguste e seleção de uvas.
as lágrimas de cristo no vinho da missa
eleva-nos ao céu e nos dá alta
do pecado e da virtude, intermitentes,
que agora também nos nossos olhos salta !

marcos prado

edson de vulcanis

25.11.91

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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