faz jus à fama,
cai de cabeça nessa tua quimera,
dá, fausto, tudo por um idílio,
devotas tua alma insana,
inocente do quê o espera
sê fiel a teu credo
de que há amor infindo,
bem que nunca acabe…
…a mão e a luva…
…a corda e a caçamba…
…unha e carne…
cego,
dá-se por completo,
ignoras o dolo
de quem prezas ao extremo
e atolas no lodo
suave, fragrante e pleno,
dos coitados
ah!, tolo…
exposto à prova
do sexto mandamento,
te entregas ao instinto
e recebes em troca
o “precisamos dar um tempo”
o “te gosto como amigo”
em desespero aflito,
te vês num pesadelo
pensas em formicida, trem, gilete, corda, tiro
te afogas em redentora carraspana,
e entre os teus encontras consolo
és o filho bastardo
imolado pelo destino
numa novela mexicana
e terminas teu folhetim
com fama de mal-educado,
um polaco da nhanha
ignorante e chinfrim,
tolo,
teu remédio é ouvir,
num disco riscado,
um tango argentino
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