Toda arte é inútil. Agora os escritores também o são.

Provocar riso é fácil. Rir disso é que são elas.

A única maneira de escapar da linguagem é não escrevendo nada.
Já estou na prisão perpétua.

Só os outros é que sabem quando estou falando sério ou não.

Bebo por vontade própria por não ter vontade própria
 de fazer outra coisa.

História é o que cai na prova —
mesmo que não se tenha provas de que aconteceu mesmo.

Senso comum é comodidade — pra não ter discussão.

Filósofo é aquele que pratica suicídio diante do espelho.

As pessoas se drogam tanto pra esquecer do mundo —
que acabam esquecendo que os traficantes nunca esquecem
que elas esqueceram de pagar a última… (Pum! Pum!)

Os criminosos sempre voltam à cena do crime —
 o programa policial da televisão.

Mais crimes são resolvidos entre advogados do que pela polícia.

Toda minha inspiração vem do ar.

O que eu escrevo não precisa ter valor como verdadeiro.
Basta que tenha valor monetá-rio.

Para pequenas aflições, grandes consolos.

Aforismo dos aforismos é um desaforo: foda-se.

Quando as pessoas moram em casas, querem se aproximar
dos vizinhos. Aí, se mudam pra apartamentos e querem distância.

Provérbio sarado: Quem tem receio de defecar, não ingere
alimento transgênico — bebe líquido isotônico.
             
Rui Werneck de Capistrano é autor e desconstrutor-mór

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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