irei ao céu, pularei no abismo, rastejarei
o mundo é enorme e cheio de perigos no ar
mas teu manto, mãe, deixa sempre tudo ok
não importa que a morte se aproxime dia-a-dia
a noite tem estrelas de sobra para nós dois
e a vida, minha velha, é um sol de luz e poesia
neste amor que nunca deixamos pra depois
quantos anos eu tenho nestes seus tantos anos?
quantos irmãos já não sabem quem ou o que sou?
quantos quantos para ter certeza de mais enganos?
teu filho, mãe, é o poeta que nenhum deus criou
a realidade endureceu-me veias, nervos e artérias
sobrou isto que está diante de teus olhos, querida
e por já estares a salvo de riquezas e misérias
é que teu sangue escreve a poesia da minha vida
beijo grande
Antonio Thadeu Wojciechowski