acabou, que pena
nosso amor se transformou
num bar com meia porta
as cadeiras sobre a mesa
eu torrado e você torta

cada um pro seu lado
a madrugada vazia
você em sua carruagem de princesa
eu com um p‚ na frente e outro atrás
nos dois a mesma tristeza

ela era uma amazona andante
ele era um caminhão de problemas
ela era um morro de vento uivante
recebendo em troca de amor a dor apenas

mas ela cansou de ser capacho da turma
mas ela cansou de ser garota de recados
mas ela cansou de ser coisíssima nenhuma
e resolveu matar uns dois ou três marcos prados

marcos prado

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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