Foto de Gustavo Rayel.

Eu sou um chato, vocês todos são uns chatos; este é um texto chatíssimo; o chato é um animal político; o revisor deste texto é um chato de galochas; leitor é um troço chato paca; não há nada de novo sob a luz dos chatos; este chato para cima; o chato é uma caixinha de surpresas; há chatos que vêm para o bem, mas só pra chatear; gosto de chato não se discute; chato fechado pra balanço; não guardamos pacotes de chatos; conserve o chato em lugar fresco e seco, e chato; o importante é o chato; águas passadas não movem os chatos; chato é um chato; quem ama o chato, bonito lhe parece; proibido para chatos menores de 18 anos, bem chatos; à noite todos os chatos são mais chatos ainda; chato da Zona Franca; chato de casa não faz milagres; agite o chato antes de usar; o hábito faz o chato; chato que é bom já nasce chato; chato: preferência nacional.
Ao sucesso com o chato; o chato não é tão chato quanto se pinta; chato escreve certo por linhas tortas, e chatas; aceita-se cartão de chato; de grão em grão o chato enche o saco; quem diz o que quer, ouve o que não quer, dito por um tremendo de um chato; pelos dedos se conhece os chatos; chato tarda, mas não falha; um chato sozinho não tece uma manhã; chatos? Melhor não tê-los; chatos, chatos: dou um boi pra não me tornar um chato e uma boiada pra me livrar dos chatos; não pise na grama dos chatos, nem no chato; cesteiro que faz um cesto é um chato, e o que é pior, um cesto chato; chato é nascer de cabeça chata; não dê comida aos chatos; é proibida a entrada de chatos ao serviço, que é bem chato.
Até tu, Chatus? Quem desdenha quer comprar, e isso é muito chato; olhai os chatos do campo; o chato foi pro brejo; o chato é necessário, que chateação; quem é chato sempre aparece; mais vale um chato na mão do que dois voando; criança: não verás um país tão cheio de chatos.
É melhor tirar o chato da chuva; conversa pra chato dormir; lá onde o chato faz a curva; o bom chato não berra; depois da porta arrombada não adianta ficar chateado; casa de chato, espeto de chato; chato, chato como uma toupeira.

Que me importa que o chato manque; luz baixa ao cruzar com um chato; chato de livraria; chato atrás da orelha; chato cabeça-de-bagre; chato faz da uma; depois de mim, os chatos; não converse com o motorista chato; lotação: trinta e dois chatos sentados, um chateando o outro; saída de emergência para chatos; cuidado: cachorro de chato; ser amigo de chato é muito mais chato.
Muito mais chato do que comer o pão que o chato amassou; em caso de incêndio, chamem os chatos; não aceitamos cheques de chatos; mantenha distância dos chatos.
Papai, não seja chato, não corra; mulher de amigo meu pra mim é uma chata; há algo de chato no reino da Dinamarca; proteja a chatice das placas de sinalização; chato também é dar com os chatos n’água; seja breve, mas não seja chato; passo de chato; abraço de chato; abraço de tamanduá é chato; cuidado: chatos na pista; chatice não se põe na mesa; carga máxima: 8 chatos, chatíssimos.
Quem semeia ventos, colhe chateação; a vida começa aos quarenta, mas é muito mais chata; não confie em ninguém que seja chato; o pão do chato cai sempre com a manteiga pra baixo; professora, o Juquinha tá me chateando; chato não morre, deixa de chatear; Deus salve a Rainha, e os chatos; chatos de todo o mundo, uni-vos!; quem dá aos chatos, empresta a Deus; mãe chata só tem uma; o pior chato é aquele que não quer ver que é um chato; em terra de cego quem tem um olho é um chato; o chato é o pior amigo do homem; vim, vi e me tornei um chato; quando ouço falar em chatos, levo logo as mãos à consciência.
Dos chatos, o menor; o chato é o lobo do homem; há mais chatos entre o céu e a terra do que supõe a nossa vã e chata filosofia; espelho, espelho meu, existe alguém mais chato do que eu?
Prof. Thimpor.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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