Seus olhos giraram até encontrarem os meus.
Meus olhos pediram replay
e, em vez de dizerem adeus,
seus olhos disseram quem sabe,
não sei.
E eu fiquei meio assim,
entre o olhar de Bogart
e o ar de Errol Flynn,
aflito pra ver
seus olhos saírem de pan
pra zoom in.
Mas, quando olharam pra mim outra vez,
só disseram talvez amanhã,
qualquer hora entre o não e o sim.
Confesso, você me surpreende
com esse The End
sem fim.

Paulo Vitola

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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