Ninguém o chamava de Marco Antônio Ferreira. Ele era conhecido apenas como Black. Simplesmente Black. Ele foi uma das grandes figuras do underground curitibano dos anos 80. Apaixonado por música, ele circulava em todos os shows que aportavam em Curitiba. Frequente frequentador do Lino´s Bar quando era ainda na esquina da Cabral com a Augusto Stepheld. Lá entortamos muitas loiras geladas. Dançamos o pogo.
Ele também foi culpado por um grande susto entre meus amigos. Uma bela noite de frio ele foi esfaqueado em pleno Volts Bar, uma garagem que se transformou em point dos entendidos em música, ao lado da Reitoria.
Black rodou o mundo como iluminador. Passou pelo Era Só O Que Faltava. Trabalhei uma única vez com ele, em 2008 em uma série de 12 memoráveis shows no TUC. Ele se apagou na noite de quarta-feira, por volta das 22h. Mas a luz dele continuará brilhando nos palcos da cidade.
Fernando Tupan
Sobre Solda
Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido
não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br