Dedo curto Nessa história dos recibos desencontrados do aluguel da casa de Lula, só uma coisa é certa: a mentira tem perna curta. Ou dedo curto. O nariz lulista, por outro lado, cada dia cresce mais. Sobre a estranheza razoável da demora na entrega dos recibos, vem a explicação patética: foram encontrados nos guardados de Marisa.
Melhor não mexer nesses guardados, pode ter coisa pior para o marido. Soa mal, até para um santo como Lula, que se permite e a quem é permitida qualquer ousadia, usar a mulher morta como desculpa. Se Marisa era assim operosa e determinada, por que não dirigiu Roberto José da Silva
uma obra social como todas as primeiras damas?
Coelhão Hugh Hefner, o fundador da Playboy, se foi aos 91. Sem matar ninguém, teve em vida o que os mártires islâmicos morrem para conseguir: o paraíso com as 72 virgens.
Bela, só ela Ciro Gomes namora ex bailarina da Xuxa. Algumas décadas mais nova que ele é de ferro. Tivemos com João Goulart, com Michel Temer e talvez tenhamos outra primeira dama juvenil. Recatada e bela, só Marcela.
Vai dar m* Guarda de trânsito armado, autoriza o Senado. Má rima e péssima solução. Se os treinados policiais de carreira matam quando não devem, imagine os de trânsito, com treino precário e mais expostos ao estresse e às provocações. O Senado faz como as câmaras de vereadores, num ponto iguais, em outro diferentes: são iguais nas falsas soluções e diferentes nas soluções perigosas.
Passo de caranguejo O Brasil sempre a importar mercadoria obsoleta. Fez isso com os carros, continuou com o sistema de cotas e agora com o ensino religioso. Está no DNA da raça, que prefere imitar a criar. Se for para imitar, vamos fazer como os chineses, que inventaram o capitalismo dentro do comunismo e têm nas mãos os EUA, meca do capitalismo.
Abuso inaceitável A PF investiga dois filhos e duas enteadas do senador Romero Jucá, presidente nacional do PMDB. Caso de peculato, lavagem de dinheiro e desvio da ordem de R$ 32 mi na venda de fazenda em Boa Vista (RR) para a Caixa Econômica Federal. A operação aconteceu em 2013 para no local construir-se empreendimento do programa Minha Casa Minha Vida, pela Odebrecht, cujo diretor Cláudio Melo Filho fez acordo de delação.
Ainda não se sabe se há digitais do ex-ministro Geddel Vieira Lima – hoje preso depois da descoberta de R$ 53 mi em dinheiro vivo em apartamento por ele alugado – na época vice-presidente da Caixa Econômica e operador de propinas junto com o ex-deputado Eduardo Cunha, hoje preso, ex-presidente da câmara federal. O senador Romero Jucá, indignado, fala em “espalhafatoso espetáculo” de “retaliação de juíza federal” contra ele e sua família.
Embora sem qualquer peso político e midiático, associo-me à indignação do senador neste momento em que o Brasil assiste atônito a essa guerra sem quartel da PF, J. Federal e imprensa contra homens públicos de honradez acima de qualquer dúvida.
A trave e o cisco O ministro Luiz Fux, primeira turma do Supremo, deitou falação moral ao votar pelo afastamento de Aécio Neves do mandato de senador.
Bom lembrar que Luiz Fux deu há dois anos a liminar para que os juízes do Rio de Janeiro passassem a receber o auxílio-moradia, o que reforçou a aplicação nacional do benefício, cuja legalidade sempre é questionada. Nessa época a filha de Luiz Fux disputava a vaga de advogado no quinto constitucional no TJRJ, onde hoje é desembargadora.
Antes que Gilmar Mendes o faça, lembro o Evangelho de São Mateus naquela parte em que Cristo mandou o hipócrita tirar a trave do próprio olho antes de apontar o cisco do olho do vizinho. Rogério Distéfano