O que  conteceu comigo foi o seguinte. N~o consegui me m nter como escritor. Er  um f to, n~o di nt v  m is esconder. C nsei de ser motivo de ch cot  nos b res, n  Boc  M ldit , no ch´ d s cinco d s senhor s de fino tr to. Cust v  muito m nter  s  p rênci s — que n~o se refleti m m is em nenhum espelho. Comecei  vender minh s cois s pr  sobreviver. Qu ndo sobr r m somente meus escritos refug dos, desmembrei todos e tentei vender  s p l vr s. Vendi  lgum s, t is como                  . E outr s como

,                        ,             e                                 . O novo dono proibiu   reproduç~o del s. Sem compr dor pr s p l vr s rest ntes, pus ` vend  s letr s. Se for m um   um . O  lf beto inteiro de minh predileç~o, de t ntos  nos comigo. R- rid de. Depois vendi os sin is de pontu ç~o:  ,   ,  ,  ,  ,  ,  ,  . Proibid   reproduç~o. Vendi vírgul , ponto-e-vírgul , interrog ç~o, interjeiç~o, travess~o, sps. Sin is de m is, de menos, p rênteses, colchetes. Pr  que você n~o duvide do que estou cont ndo só consegui f zer esse texto porque emprestei o  lf beto do ilustre  migo Prof. Thimpor mestre d s tint s e d s letr s. Ele h vi  emprest do  letr   pr  um outro escritor, como você pode ver.  Precisei f zer isso pr  d r um definitivo   deus   literatur . Coloco  qui o meu último  núncio de vend : P SS  SE O .

Rui Werneck de C pistr no é entreg dor de pizz  n   ssemblei  Legisl tiv

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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