No Teatro de Bolso, que ficava na Praça Rui Barbosa, arrendado pelo Teatro Margem, cujo mentor era Manoel Carlos Karam, em 1973, quando a ditadura deitava e rolava formávamos uma comunidade. Manoel Carlos Karam, Dante Mendonça, eu, Lauro de Godoy e Baby, Esmeralda Silveira, Alberto Centurião – já nessa época namorando Ione Prado -, Beto Bruel, Luiz Antônio Karam, Kito Pereira, Valdete Peixoto, Denise Assunção, Ricardo Mello, Roxane Leão, Dulce Mara Gaio e mais uma porção de pessoas que por lá passaram, sentiram o gostinho bom do teatro experimental e não sei onde foram parar. Todos faziam de tudo. Éramos atores, autores, sonoplastas, faxineiros, pintores de painéis, bilheteiros, cartunistas, músicos, diretores e até platéia. Na mesma época do Asdrúbal Trouxe o Trombone.
Junto com as peças experimentais, a maioria de Karam, havia um grupo que resolveu fazer teatro para crianças, liderado por Alberto Centurião, que levava para o teatro toda a criançada dos participantes do Teatro Margem, entre elas os irmãos e irmãs de Ione Prado, sua musa até hoje. Aí é que entra em cena Marcos Prado. Atuou na peça “Banho de Lua”, peça infanto-juvenil dirigida Centurião. Tinha, na época, 12 anos. Roberto Prado, também ator, 14 anos. E Carmen Silvia, 10 anos. O Sexto já era um autêntico contrabandista de armas.
ione nasceu depois da guerra
douglas veio belo e pronto
à luz, vinha vera, esperta
e um pedro ao nosso encontro
no dia em que apareceu roberto
já se previa lá vem marcos
e tem carmem por perto
nadyr conta os pratos