Ewaldo Schleder

Estou aqui neste inferno diário. Terrivel constatar que, como Atlanta se acabou no fundo do mar, a Grécia se perde dentro das chamas. Depois destes últimos dias, nada mais é como antes. A paisagem está cinza, animais mortos, o verde convertido em cinzas e uma atmosfera envolta por densas nuvens de cores mórbidas. As cinzas se espalham por tudo, até aqui em Athenas.

Tudo está tomado por uma atmosfera mórbida. E mesmo assim todos vivem o cotidiano, meio que normal, mas incomodados, não se espera muito pelo amanhã. Não se tem previsão de futuro, a atmosfera é de guerra, pequena parte natural, grande parte provocada pelas mãos desumanas.

De quem? Ninguém sabe ainda. Espero que, como a Fênix, renasça um novo grego, com critica e critério de como levar a vida. É desesperador ver o lavrador, os agricultores, as aldeias, sem suas casas, sua história e o trabalho diário dentro do verde, tudo destruido.

É desolador ver as expressões de tristeza, decepção, indiferença à vida, acho que morrerão junto a tudo, não há motivo para viver mais. As delicadezas da natureza, ursos, veados, pássaros, tudo , tudo morto. É o fim da ignorância, tomara.

Dimitria

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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