Todo dia é dia de poeta – repeteco

quando
chegas silenciosa
ouço tua pele
produzindo queratina
teu pâncreas
exalando insulina
teus glóbulos vermelhos
cheios de hemoglobina
teus músculos cansados
de tanta proteína
quando chegas
com tuas células de messalina
escrava dos genes da disciplina
abominável albumina
dos deuses da adrenalina
tua carne
transforma minha alma
em carnificina
solda
poema musicado por
reinaldo godinho

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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