
Aos poetas interessa a poesia. A poesia é necessária, embora o povo, na sua humildade peculiar, ainda prefira arroz com feijão. Ou o feijão com arroz da poesia. Nascido em 1968 na pacata cidade de Piraí do Sul, no Paraná, Hilton Baudelaire só percebeu a gravidade do fato ao cometer, aos seis anos de idade, o primeiro soneto.
Único sobrevivente do grupo de paranistas que renovou a poesia e deus às letras nacionais nomes como Périplo Republicano e Sofisma Carvalhaes, só agora tem a petulância de vir a público e mostrar o seu repugnante lirismo incontido.
“Para Viver Um Grande Almoço”, por isso mesmo, só interessa aos poetas. E aos que ainda não almoçaram. Se vocês não sabem, o autor escreve bem. Não alinhava bem as idéias, pensamentos e só exige do leitor concentração absoluta para não perder o fio da meada, se é que existe fio e meada. Certos romances policialescos são muito mais complicados e freqüentam com assiduidade a lista dos mais vendidos. Pedimos desculpas aos leitores.
Solda.