Interação entre gastronomia e arte no Original Beto Batata

Robert Amorim – Foto de Gilson Camargo

Restaurante Original Beto Batata: desde 1998 o local abriga exposições e performances musicais. Até março, programação já está fechada.

Nos últimos anos a interação entre gastronomia e arte está se tornando comum em bares, restaurantes e livrarias de Curitiba. Nesses locais, a cultura tem espaços generosos – cada vez mais concorridos por artistas conhecidos e desconhecidos do público curitibano.

Um dos pioneiros destas iniciativas é o restaurante Original Beto Batata, que há mais de dez anos, abre suas portas aos artistas. De acordo com o proprietário, Robert Amorim, desde 1998 o bar mantém a postura a todos que desejam lançar livros, realizar performances musicais, expor fotografias, quadros, esculturas e até cartuns. “Minhas paredes representam a liberdade de expressão, é um espaço democrático disponível a todos. Damos total suporte para que os artistas apresentem seus trabalhos. Famoso ou não, todos terão nosso apoio”, conta.

Para Amorim, o clima das exposições em galerias é a principal razão do crescimento de estabelecimentos abertos aos artistas. “O principal objetivo desses tipos de exposições é mudar aquele clima sério que normalmente vemos em galerias de arte. Quando as obras estão num restaurante, por exemplo, as pessoas passam a ficar mais descontraídas e, consequentemente, avaliam melhor as obras expostas”, diz.

Para participar das exposições os interessados devem ter seus trabalhos avaliados por membros do restaurante. “Nosso critério é bem simples: o artista apresenta o material. Se for interessante, é aprovado e entra na fila. Já temos exposições agendadas até março de 2009. Para darmos conta da quantidade de material, cada trabalho fica de 28 a 35 exposto no bar”, explica.

Além de ter seu trabalho reconhecido pelo público, mostrar as obras no Original Beto Batata pode trazer lucros aos artistas. “Muitas delas são vendidas no próprio restaurante. Não cobramos nenhuma taxa por isso, é como um estímulo para a arte”, conta. (Almanaque, O Estado do Paraná)

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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